Thursday, April 12, 2007

Construção de mapas conceituais – é uma função projetada para o aluno que oferece a possibilidade de apresentar o conhecimento adquirido através de uma representação gráfica (um mapa), onde as informações vão sendo acrescentadas e ligadas da forma como, aparentemente, estão associadas na mente do aprendiz. Ao construir o mapa conceitual o aluno está reproduzindo o conhecimento adquirido e reforçando aquele aprendizado. Esta função é obtida a partir de uma adaptação do software livre CMAP (19) que oferece a possibilidade de publicação na web, do mapa construído.

(19) Software disponível para download em http://cmap.ihmc.us/download/

Schwarzelmüller, Anna Friedericka.TV escola e Internet: integração de mídias e disseminação de
informação. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciência da Informação, 2004. http://www.dcc.ufba.br/~frieda/dissertacao.pdf
4.1.2 Pedagogia de Projetos

A pedagogia de projetos é uma maneira de orientar atividades escolares através do trabalho com projetos, que devem possuir como objetivo o desenvolvimento de atividades de aprendizagem em grupo, quando o conhecimento vai sendo buscado à medida que se torna necessário para resolver os problemas que surgem. A pedagogia de projetos surge no início do século XX, com John Dewey e outros representantes da chamada Pedagogia Ativa. Já naquela época, a discussão está embasada numa concepção de que: A educação é um processo de vida e não apenas uma preparação< para a vida futura, e que a escola deve representar a vida presente tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro (DEWEY, 1959, p. 430). Mais de um século se passou e essa afirmativa continua atual. A discussão da função social da escola e das experiências escolares continua sendo um dos assuntos mais polêmicos entre os educadores e os que participam direta ou indiretamente do processo escolar. Aquele pensamento de Dewey contribui com o movimento de educação progressista e naquela época já são feitas as primeiras referências a trabalhos com< projetos como uma inovadora postura pedagógica. O desenvolvimento da pedagogia de projetos parte da situação problema na busca de situações didáticas que visam solucioná-la. Para isso, todos dentro da escola devem se envolver com o projeto, sendo que o aluno é o condutor do processo, e através dele a escola se projeta para solucionar as dificuldades, considerando e respeitando o que os alunos desejam saber, conhecer e descobrir. O papel da escola tem sido alvo de uma série de reflexões perante o modelo de sociedade globalizada, pela economia, pela ampliação dos meios de comunicação e pela cibercultura, que hoje se presencia. A pedagogia de projetos deve então ser discutida não apenas como uma técnica de ensino mais atrativa para os alunos, mas no contexto da concepção e postura pedagógicas que privilegia o processo cotidiano de vida do aluno dentro da sociedade.

A educação através de projetos permite uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, vivenciando as dificuldades, refletindo sobre elas e tomando atitudes diante dos fatos. Ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliando na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações.
A escola atual já vem trabalhando há algum tempo com projetos de aprendizagem. Hoje, com a ampliação do uso da informática em todos os campos das atividades humanas, a formação do cidadão exige não apenas alfabetização digital, mas também uma proficiência na utilização dos recursos da informática, principalmente da Internet, de softwares aplicativos e dos recursos de interação e
comunicação, o que contribui para a formação de um cidadão com maiores chances de exercer uma atividade produtiva.
A pedagogia de projetos pode ser bastante beneficiada com a introdução das novas tecnologias como uma maneira de aumentar a proficiência digital, integrando, por exemplo, os projetos de aprendizagem com a Internet e utilizando os vários recursos multimidiáticos que ela disponibiliza.
A metodologia WebQuest (DODGE, 1995) é uma tecnologia voltada para o processo educacional que engaja alunos e professores, estimulando a pesquisa e o pensamento crítico, fundamentada em aprendizagem colaborativa e em processos investigativos na construção do saber, com o uso da Internet. Proposta por Bernie Dodge, em 1995, a metodologia tem sido responsável pelo alto índice de disseminação de projetos de aprendizagem e seus resultados, e em 2002 já conta com mais de dez mil páginas (10) na web, com propostas de projetos de aprendizagem de educadores de diversas partes do mundo. Com o título Webquest: aprendendo com a Internet, a Escola do Futuro da Universidade de São Paulo apresenta o material mais completo, em língua portuguesa, sobre a metodologia.
Um dos pontos fortes da pedagogia de projetos é o fato do aluno assumir a responsabilidade pela produção e divulgação de conhecimentos. A importância na divulgação dos resultados é que, ao fazê-la, dá-se concretude e sentido às produções decorrentes dos projetos de aprendizagem, promovendo a auto-estima dos alunos e dando um significado maior às suas produções. A divulgação dos resultados alcançados pelos projetos através da publicação na web, é uma maneira estimulante de iniciar os alunos na utilização da Internet como veículo de publicação de seus trabalhos. Além disto, eles têm oportunidade de aprender a usar editores de textos, de imagens e outras ferramentas para a confecção de homepages.


(10) Valor obtido em http://www.bibvirt.futuro.usp.br/abibvirt/bvnovas/19_23_01_02.html, em setembro de 2003


Schwarzelmüller, Anna Friedericka.TV escola e Internet: integração de mídias e disseminação de
informação. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciência da Informação, 2004. http://www.dcc.ufba.br/~frieda/dissertacao.pdf